segunda-feira, 2 de abril de 2018

Dance, dance, dance till you're dead!


Na minha vida há uma banda sonora para quase tudo.

Inclusivamente, um dos sonhos utópicos que tenho é o de poder ter a oportunidade de, no fim de vida, rever tudo, pelos menos os momentos mais importantes, com a banda sonora adequada.
De preferência com a sensação de que vivi a vida a 100%. Com tudo a que tenho direito.

Nos últimos 10 anos as bandas sonoras de cada fase ou momento foram ainda mais marcantes: a banda sonora da minha viagem definitiva para Londres, diferente da banda sonora das várias horas que passei em transportes públicos lá, diferente da banda sonora do meu regresso e também muito diferente da banda sonora dos últimos anos, das várias viagens e momentos especiais.

Por mais voltas que dê, há sempre músicas fortes, com ritmo, guitarras e baterias.
Maioritariamente músicas que me transmitem boa energia porque é esse o papel que a música e a cultura em geral cumprem na minha vida. Nunca fui de grandes momentos de introspeção ou de remoer aquilo que me acontece. Por isso a cultura cumpre o papel de me animar, deslumbrar e trazer a melhor energia.

Vivo o presente como se fosse o último "presente" que vou ter na vida sempre com um olho no futuro que me fascina porque representa o desconhecido, o desafio, a agitação que me alimenta. Danço todos os dias, nem que seja na minha cabeça.

Nessas bandas sonoras há sempre músicas "sexy". Músicas que me fazem sentir mais interessante, mais atraente, mais poderosa. Que me fazem dançar, mesmo que só na minha cabeça, de uma forma arrojada e sem preconceitos.

Esta é uma dessas músicas, "The Future Starts Slow" dos The Kills.
Tocou em repeat hoje a caminho de casa e, como estou de volta à rotina dos transportes públicos, fez-me sentir uma bailarina incrível nos túneis do metro e corredores do autocarro.

ENJOY! 


A "arte" de ficar sozinha...

... ou a dura tentativa de sobreviver a isso?!

Não sou católica praticante.
Não acredito em Deus.
Nem na ideia de destino ou "energias superiores".

Acredito, no entanto, na necessidade de acreditar em algo que nos dá força e vontade de contiuar sempre.
Assim, acredito nas pessoas. Nas minhas pessoas.
Na força das pessoas que me rodeiam e no quanto me inspiram.
Também acredito em mim mas nada seria sozinha sem o feedback de quem navega pelo mundo ao meu lado, partilhando vitórias, derrotas, alegrias, tristezas, aventuras, detalhes e todas as experiências que nos tornam seres humanos únicos. Diferentes de qualquer robot pré-programado.

Essa crença nas "minhas pessoas" traz, inevitavelmente, expectativas porque me dá conforto pensar que estarão lá para mim quando, em momentos extremamente raros, precisar de me atirar no vazio e que alguém me agarre com um abraço e uma palavra amiga, sem censuras.
Que me agarre de tal forma que, nem que seja só por um momento, sinta que está tudo bem.

Utopia?
Quero acreditar que não.
Quero acreditar que dou o suficiente para aspirar receber isso em troca.

A imagem que passo é de extrema eficácia em tudo: vida pessoal, vida profissional, capacidade de resolução, capacidade de demonstrar empatia pelas pessoas e situações mais estranhas... Toda a eficácia do mundo, numa só pessoa que é o rochedo de 2/3 das pessoas que a rodeiam.

But guess what...?!
Esse "rochedo" libertou-se e começou a rolar numa viagem assustadora que deseja que seja positiva e leve a algo melhor do que tinha. E precisa da confiança das pessoas em que acredita para que, em conjunto, acreditem nesta mudança.
Os melhores momentos da minha vida foram vividos ao lado das "minhas" pessoas e pelos seus olhos que preciso que, neste momento, vejam as minhas fragilidades com o mesmo orgulho que vêem as inúmeras vitórias.

Because:
She takes just like a woman, yes she does
She makes love just like a woman, yes she does
And she aches just like a woman
But she breaks just like a little girl.

- Bob Dylan -

Yes. That's me. And still proud 💜💙💚💛❤️

terça-feira, 27 de março de 2018

De regresso ao meu laboratório privado!

Hoje lembrei-me que quando fui viver para Londres comecei a escrever neste espaço que criei para partilhar o turbilhão de emoções e experiências que estava a viver. Para partilhar tudo isso com aqueles que sentiam a minha falta e que estando longe, passavam a sentir-se mais perto de mim através das minhas palavras.

A última entrada neste laboratório privado é de abril de 2009, momento a partir do qual o meu laboratório passou a ser partilhado com alguém que durante 9 anos ocupou com distinção esse lugar.

Esta semana, sem sair de Lisboa, começa uma nova aventura.
Um novo momento que, muito provavelmente, vou querer partilhar neste laboratório privado.
Apenas por ser um novo momento cheio de desafios e, espero eu, cheio de boas energias.

Tal como escrevi quando tudo começou: "Just seat back and enjoy the ride..."