quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
All aboard for Lates!
Como quase todos sabem a cultura em Londres borbulha além de ser de fácil acesso!
Existem sempre imensas novidades e a maioria dos eventos sao gratuitos. Mesmo assim, creio que ainda há coisas que nos podem surpreender pela positiva e que demonstram um grande aproveitamento dos espacos culturais além de alguma preocupacao com quem trabalha no duro durante toda a semana (claramente estou incluída neste último grupo :D )
Assim surge o conceito "Lates" que consiste no facto de quase todos os museus, algumas galerias e salas de espectáculos estarem abertos até mais tarde e permitirem às pessoas, nao só verem as exposicoes permanentes até, por exemplo, às 21h como ainda assistir a espectaculos que ocorrem depois do normal horário de encerramento dos museus.
Por exemplo, na National Portrait Gallery, é possível ver a exposicao da fotografa Annie Leibovitz durante a tarde e depois assistir a uma curta metragem sobre o trabalho e vida dela com participacao de nome sonantes como Hillary Clinton, Mick Jagger and Yoko Ono...Ah, e claro que tudo isto GRATUITAMENTE =)
Aqui fica uma sugestao para quem vive em Londres, visita ou quer visitar Londres e também para aqueles que um dia poderao, eventualmente, implementar este tipo de eventos em Portugal.
Para os mais curiosos e interessados:
www.lates.org
domingo, 23 de novembro de 2008
Hoje acordei...
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Manhas difícieis...
Para mim TODAS as manhas sao difíceis...
Acordar cedo e convencer-me de que vale a pena levantar-me da cama às 7 da manha é algo que me atormenta desde pequena...E conheco quem possa comprovar =)
Nao posso evitar alguma ironia e dizer que isto claramente acontece porque nasci às 3:25 da tarde logo nao é concebível para mim acordar antes de determinada hora...CLARAMENTE =)
De qualquer forma hoje está um daqueles dias típicos de Outono: o Sol brilha timidamente, está muito vento mas ao mesmo tempo as cores das árvores, jardins e ruas estao mais bonitas e vibrantes que nunca!
Tudo isto sao coisas que nos dao algum alento...
Enquanto me convenco que vou ter de comecar o meu dia de trabalho partilho convosco um pensamento diário: I hate mornings!!!!
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
E agora um apontamento cultural =)
Outro dia, depois do trabalho, arranquei para o Southbank para jantar com uma amiga.
Um restaurante oriental fantástico cuja especialidade é "dumplings", uma espécie de almofadas de massa transparente e muito saborosa com recheios óptimos!
O melhor de sempre é que os diversos pratos são servidos em pirâmide e é um verdadeiro desafio ir abrindo as diversas caixinhas =)
Depois do jantar fomos dar uma volta e entrámos no Royal Albert Hall.
De repente estávamos na exposição World Press Photo. Sorrimos uma para a outra e lembramo-nos das filas intermináveis no CCB para ver esta exposição e no preço do bilhete que pagamos diversos anos seguidos.
Desta vez fomos surpreendidas pela World Press Photo ao entrar numa das salas de espectáculos mais bonitas de Londres e, melhor ainda, não pagamos nada por isso.
Além disso, importa referir que este ano, pela primeira vez desde 1980, o grande vencedor da World Press Photo foi um fotografo inglês que colabora com a Vanity Fair. Esse facto em vez de contribuir para bilhetes de preços exagerados apenas aumenta o interesse da exposição juntos de todos os visitantes que a podem apreciar de forma gratuita =)
Para quando uma arte democrática e ainda mais acessível em PT?
Importa encarar a vida com um sorriso =)
Se pensarmos bem é como se toda a população de Lisboa estivesse desempregada de repente...
Assustador?!?!?!?
Claro que importa adaptar os números às dimensões do país e nunca se poderá comparar a economia inglesa com a portuguesa mas mesmo assim acaba por nos fazer pensar...
Confesso que os números valem o que valem e que acabo sempre por pensar nos casos que me são mais próximos...
Uma das grandes vantagens de Londres é ser possível conhecer gente de todo o mundo e ter uma experiência multi-cultural muito rica. Mas a grande desvantagem inerente a isso é aprender a dizer adeus a todas as pessoas que partilharam connosco momentos únicos e quase perfeitos mas que não partilham o timing da nossa vida e acabam por partir.
Neste momento começam a partir também por falta de emprego e questiono-me:
Não foi disto que eu me afastei?
Não era isto que queria deixar para trás para viver melhor?
Se eu consegui, porque não os outros que também tentaram?
Por aqui escrevem os peritos em economia (área que neste momento ocupa grande parte do meu dia...) que a crise irá durar no mínimo até 2010. Pelo menos nesse ano teremos Jogos Olímpicos por estas bandas o que poderá ajudar a melhorar =)
De qualquer forma, com crise ou sem ela esta cidade continua a vibrar, a oferecer eventos culturais inesquecíveis e a proporcionar momentos diferentes e únicos a quem não se deixa intimidar pelas distâncias e pela chuva que teima em cair. Mas não pensem os mais sonhadores que a resposta a todos os seus problemas em Portugal está numa vida desafogada em Londres!
Assim, gostava de deixar duas mensagens:
1o - Portugal não é assim tão mau como se possa pensar e tudo depende da perspectiva e daquilo que realmente se valoriza
2o - Como tudo na vida importa encarar esta crise com um sorriso e ser criativo. Importa perder tempo a pensar em soluções e em aproveitar o melhor possível aquilo que a vida nos oferece. Além disso, continuar a acreditar que com crise ou sem crise, quando queremos algo com muita força, isso passa a ser possível.
Mensagem de esperança?
domingo, 26 de outubro de 2008
De volta ao meu "Private Lab"
O tempo passa realmente a correr e desde fim de Julho já aconteceu tanta coisa na minha vida, tanta coisa mudou, conheci tantas pessoas e lugares diferentes, trabalhei tanto, vivi tanta coisa!
Voltei ao meu blog porque decidi escrever sobre algo que aconteceu recentemente e me deixou a pensar.
Quando andamos na universidade somos pessoas cheias de sonhos e objectivos que queremos cumprir no nosso futuro que naquele momento nos parece cheio de possibilidades. Um dos objectivos que quase todos os jovens universitários perseguem é viver no estrangeiro mesmo que só por alguns meses, seja em Erasmus, Leonardo ou acabando por eventualmente mudar de malas e bagagens para uma aventura diferente.
Eu cumpri esse sonho que partilhei com a maioria dos meus amigos e por causa da realização desse sonho passei de perseguir o meu sonho para ser exemplo para outros.
Um grande amigo jornalista decidiu vir a Londres perceber a minha história e a de mais 3 amigos que neste momento partilham a vida comigo aqui em Londres.
O resultado desse trabalho foi publicado no Mundo Universitário, jornal dedicado a jovens universitários que ainda perseguem neste momento o sonho de viver no estrangeiro e ter experiências novas.
Concluindo, o que me deixa a pensar é como a nossa vida e as nossas escolhas podem ser exemplo e fonte de inspiração para outros, como de repente se podem tornar "notícia"...
Além disso, é engraçado perceber quanta curiosidade existe em relação ao estrangeiro, ao desconhecido e, neste caso, em relação a viver em Londres...
Para quem quiser espreitar: http://www.mundouniversitario.pt/docs/2787/_mu123.pdf
domingo, 27 de julho de 2008
Hoje foi um desses dias em que realmente me senti em casa e me senti totalmente absorvida pela beleza de um dos parques mais bonitos de Londres ao qual chamam o pulmão de Londres.
Hampstead Heath fica no norte da cidade e é um parque gigante que, entre outras coisas, tem diversos lagos onde se pode tomar um relaxante banho de água doce.
Hoje estiveram 27 graus em Londres e isso é algo que tem de se aproveitar...
Nunca se sabe quando é que voltam a estar 27 graus nem quando voltamos a ter um dia tão bonito, cheio de sol!
Assim sendo, tal como todos rumamos em direcção à praia nos dias de calor abrasador em Lisboa, aqui em Londres rumamos em direcção aos lagos.
O percurso é longo mas faz parte de viver em Londres ter de atravessar meia cidade para chegar onde quer que seja por isso, num domingo, o percurso até se torna agradável e sempre se descobre novas zonas da cidade até então desconhecidas.
Chegar ao lago é quase como chegar à praia...Apetece-nos logo saltar para a água, dar um mergulho, dar umas braçadas e ir descansar para a toalha debaixo de um sol abrasador que nos doura a pele e nos faz sentir muito bem...
Este foi o meu dia...Um dia em que pude vestir o biquini pela primeira vez desde o ano passado, em que usei uma toalha de praia, em que voltei a espalhar protector pela minha pele e em que dei um merecido mergulho debaixo de um sol abrasador.
A sensação de me deitar na relva em vez de me deitar na areia é óptima e de repente o meu sítio preferido passa a ser o jardim, o parque, o lago, em vez das praias cheias de gente, barulho e confusão.
De tudo o que nos rodeia na praia aquilo que faz mesmo falta é o barulho do mar ao longe..
Senti-me de férias na minha nova cidade, relaxei , dormitei ao sol e ao fim do dia é muito bom adormecer na minha nova cidade...
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Um milhão de Londrinos vai de férias
Pelo que percebi aqui não há 3 meses de férias para ninguém até porque não me parece que os pais aguentem os filhos 3 meses em casa eheheheh.
Como acabam as aulas e o período oficial de férias se impõe os londrinos vão em busca de locais com sol, calor, caipirinhas e muita animação :)
Assim aqui ficam as estatísticas para este fim de semana:
420.000 passageiros vão partir de Heathrow nos 107.500 vôos previstos
325.000 vão partir de Gatwick nos 65.300 vôos previstos
160.000 vão partir de Stansted nos 40.500 vôos previstos
Estes números são astronómicos. 107.500 vôos a partirem de um único aeroporto num fim de semana?!?!?!
Estamos mesmo noutra dimensão...
Remember the 80's...?
Koko, Camden Town, London UK.
É sábado à noite e a festa começa às 22h o que para Londres é totalmente normal.
Aqui a noite começa quando em Portugal estaríamos a preparar o jantar ou a beber o famoso café com amigos.
A fila é grande e muita gente decidiu aproveitar a última festa antes do fim do Verão organizada pela equipa Buttoned Down Disco.
O organizador deste evento é um DJ que decidiu começar a organizar pequenas festas entre amigos, amigos esses que foram trazendo os seus amigos e assim sucessivamente. Um género de festas muito popular e que, sem dúvida, tem resultados. Recebes um e-mail, imprimes o convite e arranjas-te para a festa, nada mais fácil!
O local: um antigo teatro londrino, recuperado com muito bom gosto e extremamente espaçoso.
O som: música de todos os géneros e de todas as épocas com especial incidência nos 80's de que sou grande fã
Uma bela forma de passar a noite de sábado num ambiente eclético, cheio de gente interessante!
Uma sugestão para quem estiver de férias em Londres durante um dos fins de semana em que se organiza esta festa!
terça-feira, 22 de julho de 2008
Wasabi Peas
Confesso que nunca comi esta delícia em Portugal nem nunca ouvi falar de tal coisa mas provavelmente até existe. Afinal hoje em dia a Europa é cada vez mais semelhante e os produtos estrangeiros importados existem de igual forma em todo o lado.
Mesmo assim, gostei tanto das Wasabi Peas que decidi partilhar convosco esta novidade.
Os amantes de sushi como eu certamente conhecem bem este ingrediente - wasabi.
Para aqueles que não conhecem é algo verde, espesso e picante que acompanha o sushi e que misturado com molho de soja dá um sabor único à comida japonesa.
As Wasabi Peas são como pequenos amendoíns, crocantes, mas que depois de estalarem na nossa boca se tornam picantes e às vezes até nos fazem chorar com a intensidade do sabor que nos invade os sentidos...
Perfeito para acompanhar com vinho branco!
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Knives and Drinks
Knife crime: Teenager stabbed to death in London...
Estes são os títulos quase diários dos jornais.
Desde Janeiro de 2008 já foram mortos 21 jovens em crimes relacionados com armas brancas em Londres.
Confesso que nunca assisti a nenhum desses crimes nem nunca me senti afectada por esta "onda de crime", segundo relatam os jornais, mas eles existem na realidade e os jovens são afectados por eles.
Todos tinham menos de 21 anos e alguns foram mortos por engano.
Perdoem-me a sinceridade mas estes crimes ocorrem sempre nos mesmo bairros, desenrolam-se entre membros de grupos organizados e estão normalmente relacionados com drogas ou assuntos mal resolvidos entre os grupos envolvidos. Se uma simples leitora e habitante de Londres consegue tirar estas ilações por simplesmente ler os jornais e informar-se sobre o que se passa na sua cidade, como é possível que a acção da polícia não se concentre nestas áreas e acima de tudo não tente prevenir a venda e distribuição de armas brancas junto dos jovens?
Se as campanhas de prevenção divulgadas junto dos jovens não estão a resultar provavelmente será necessário actuar juntos daqueles que vendem/distribuem as armas brancas aos jovens, aqueles que as tornam acessíveis e que já não serão tão jovens, digo eu!
O consumo de bebidas alcoolicas é o outro problema...
Neste momento estamos a assistir a uma enorme campanha de prevenção do consumo, apoiada e divulgada pelos media como não poderia deixar de ser, que se iniciou com a divulgação de uma reportagem sobre jovens entre os 18 e os 24 anos que sofrem de cirroses gravíssimas ou inclusivamente faleceram pelo consumo excessivo de alcool.
Sem dúvida um problema grave mas que terá uma explicação um pouco mais elaborada do que aquela que nos é transmitida. Claro que o consumo existe por ser possível comprar alcool mesmo sendo um menor e por haver fugas à lei mas também existe porque esse menor se quer desinibir e quer provar o seu lugar.
No meio de todas estas notícias e estas informações sobre os jovens ingleses questiono-me qual a imagem que passa para o público em geral sobre uma geração inteira de jovens. Os jovens que se envolvem em rixas e problemas e que consomem alcool em excesso ainda representam apenas uma pequena minoria de uma geração inteira de jovens ingleses e gostava que isso fosse ressalvado pelos media. A grande maioria dos jovens sofre com estas brigas entre grupos organizados, com outros jovens alcoolizados todo o tempo e, acima de tudo, com uma necessidade de afirmação enorme numa sociedade exigente em que todos temos de ser magros, bonitos, vestir a roupa da moda e estar a par de todas as novidades e alterações por mais pequenas e insignificantes que sejam.
Outro dia falava com uma amiga sobre um inquérito que fizeram aqui a raparigas de 12 anos sobre a sua aparência e o que não gostavam nelas. Todas tinham algo a apontar e todas queriam ser mais magras ou mais altas ou ter o nariz mais pequeno, etc...
De todas, apenas uma respondeu, timidamente, que gostava da sua aparência e que isso não representava um problema para ela...
Depois desta reflexão questiono-me se os principais problemas dos jovens ingleses (e quem sabe dos jovens em geral) serão mesmo os crimes com armas brancas e o consumo de alcool em excesso...?
It's been a long time...
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Amanhã os Londrinos vão às urnas...
terça-feira, 29 de abril de 2008
Aos meus leitores...
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Ser mãe em Londres...
Ser mãe é muito complicado sempre e em todo o lado mas em Londres diria que é um trabalho ainda mais duro.
Londres é uma cidade feita de imigrantes. Pessoas vindas de todo o mundo que se encontram em Londres mas que não estão totalmente acompanhados e vivem de uma forma bastante solitária. Não contam com a sua família nem com amigos que possam ficar com as crianças e acompanhar o seu dia-a-dia de mãe.
A consequência de tudo o que escrevi é que as mães em Londres andam com os seus filhos para todo o lado. Ah e com os carrinhos de bebé também!
Os carrinhos de bebé enormes nos supermercados, nos autocarros, nas lojas, por todo o lado. Estamos sempre a chocar com algum carrinho de bebé, sempre sem espaço nos autocarros porque há sempre uma criança on board que, inclusivamente, às vezes chora!!!
Imaginem um autocarro cheio de gente, depois de um dia de trabalho, mal nos podemos mexer e durante 15 minutos uma, ou várias crianças, choram!
Por causa desse fenómeno existem coisas em Londres que nunca vi em mais lado nenhum.
Outro dia passeava pelo parque, um parque lindíssimo chamado Hampstead Heat, e vi uma aula de aeróbica ao ar livre para mães com carrinhos de bebé. Então, as mães andavam a correr pelo parque atrás de uma professora com os seus carrinhos de bebé e respectivas crianças lá dentro...Só de me lembrar da situação sorrio!
Por vezes paravam e faziam exercícios com as crianças como "levantamento de pesos" e agachamentos.
Em Portugal estamos habituados a andar de carro para todo o lado e quem não o faz deixa os seus filhos com os avós ou amigos enquanto aproveitam o seu tempo livre.
Aqui as mães são autênticas mães canguru que nunca largam os seus filhos e aproveitam cada minuto para estarem com eles: o autocarro serve para ler livros aos filhos, para partilharem experiências com eles e para conviverem...
Enfim, este é o tipo de coisas que só se vê em Londres e que tinha de partilhar convosco.
domingo, 27 de abril de 2008
Uma verdadeira inspiração...
"Conheci" o Matt este fim-de-semana. Escrevo a palavra conheci entre aspas porque não o conheci pessoalmente.Estava no messenger com um grande amigo que me disse "enquanto falamos vê lá este vídeo para te inspirares...". Eu vi o vídeo e fiquei super intrigada. Primeiro achei que as imagens eram montagens e que o vídeo era engraçado mas apenas mais um daqueles vídeos que vemos todos os dias na internet. Depois de ver todo o vídeo decidi ir visitar o site do Matt para descobrir um pouco a vida dele e fiquei realmente surpreendida.
O Matt era um programador de jogos de vídeo americano que não gostava do que fazia e que gostava mesmo muito de viajar. Na sua rotina diária de trabalho o Matt costumava convidar os seus colegas de trabalho para beber um café com ele através desta dança peculiar, desajeitada mas muito engraçada. Todos brincavam com ele e de uma forma desprentensiosa criava-se um momento de distração vital para quem trabalha muitas horas em frente ao computador.
Uma vez o Matt foi ao Vietname e um dos seus colegas de trabalho desafiou-o a dançar a "sua" dança especial no meio da rua e filmar a sua actuação. O Matt assim o fez. No vietname e em todos os sítios que foi visitando enquanto turista. Quando chegava a algum sítio característico que queria documentar pedia a alguém para filmar e simplesmente dançava em frente à câmera de vídeo.
Depois de algumas viagens o Matt decidiu divulgar o vídeo em que aparecia a dançar em vários pontos diferentes do planeta no seu blog. Os visitantes do seu blog gostaram e divulgaram o vídeo do Matt nos seus blogues e assim começou a divulgação à escala planetária de uma dança que teve origem num escritório americano no seio de um grupo de programadores de jogos de vídeo...
Depois de todo este sucesso, uma empresa decidiu apoiar a dança do Matt e patrocinar-lhe uma viagem pelos locais que ele escolhesse sendo que a única contrapartida era fazer um vídeo igual ao primeiro mas noutros locais. Neste momento o Matt continua a dançar pelo mundo inteiro, com as viagens pagas através do patrocínio dessa empresa e a sua profissão é viajar!!!
Pelo que percebi de vez em quando ainda dá uma ajuda na programação de jogos de vídeo mas não é essa a sua prioridade...
O Matt para mim foi uma bela descoberta e uma verdadeira inspiração. A maioria das vezes as coisas mais simples e até mais idiotas podem ajudar-nos a realizar os nossos sonhos e normalmente estamos demasiado preocupados com o que os outros vão pensar para arriscar e fazer aquilo de que realmente gostamos.
O Matt sempre adorou viajar e era o elemento que divertia a sua equipa de trabalho com a dança pateta mas hoje em dia já conhece o mundo quase todo exactamente através dessa dança pateta!
Inspirem-se!
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Home sweet home
Muitas delas não são daquelas amizades de todos os dias mas são amizades que se mantêm e que fazem ainda mais sentido quando se está no estrangeiro.
Quando cheguei a Londres pensei que seria difícil adaptar-me ao ponto de me sentir em casa numa cidade tao grande, com tanta gente diferente e tão competitiva.
A minha prioridade foi encontrar casa e dediquei-me a isso de tal forma que encontrei uma casa fantástica onde me sinto em casa. Sinto esta casa como minha, sinto-me totalmente eu neste ambiente e não poderia ter ido viver para outro sítio, pelo menos não numa fase inicial.
O francês e a alemã são pessoas fabulosas, falamos imenso e começamos a ser um pouco mais do que simples colegas de casa. O ambiente em casa é muito familiar, começamos a conhecer-nos como pessoas e a descobrir que por mais diferentes que sejamos e que embora sejamos de países bastante diferente no fundo somos todos seres humanos com experiências de vida interessantes e histórias para contar.
Além do ambiente fantástico que tenho em casa tenho de fazer uma homenagem aos meus amigos tugas.
Aqueles que vieram comigo, os outros que já cá estavam e os que me vão visitando de vez em quando.
É muito bom estar no estrangeiro e receber sms, e-mails e telefonemas como se estivessemos no nosso país. Perceber que quem vem a Londres se lembra de mim e vem ter comigo com gosto. Que as amizades que criei ao longo destes anos se mantêm e que vão dando os seus frutos.
Londres é uma cidade maravilhosa, ainda mais maravilhosa se partilhada com amigos e pessoas que gostam de nós...
Posso dizer que me sinto em casa e esta viragem na minha vida foi a melhor coisa que me podia ter acontecido!
segunda-feira, 21 de abril de 2008
London A to Z
Este é o manual de sobrevivência de qualquer estrangeiro em Londres.
Aliás, mesmo os ingleses utilizam este livro pra se orientarem pela cidade de forma simples e eficaz.
Este livro é simplesmente o mapa de TODA a cidade, com todas as ruas, ruelas, becos e avenidas principais da cidade.
Quem andou à procura de casa e ainda anda à procura de trabalho como eu precisa deste guia como de água para viver :).
Além disso, este livro tem um grande teor simbólico. Normalmente passa de mão em mão e é entregue aos recém-chegados pela mão de alguém que já cá está e conhece minimamente a cidade.
Todas as casas partilhadas em Londres têm um ou vários exemplares desta bíblia por isso este pequeno livro tornou-se um dos icones da cidade.
Não recebi o meu das mãos de ninguém porque tive de o comprar mas quem sabe, um dia, não o entregarei a alguém que esteja a começar a sua aventura em Londres?
Liberdade ou Ditadura
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Meet my house
Hoje apareceu o sol...
terça-feira, 8 de abril de 2008
Londres, a cidade das entrevistas
sábado, 5 de abril de 2008
The english fever for PUBs!
sexta-feira, 4 de abril de 2008
London Life
Recebi esta mensagem e fui ter contigo porque é realmente frustrante sair do trabalho e fazer o mesmo caminho de sempre em direcção a casa quase que de forma abrupta, quase sem respirar.
Apanhei o metro, completamente cheio de gente, tão cheio que as portas onde se validam os bilhetes e passes estavam bloqueadas porque não podia entrar mais ninguem até as plataformas estarem completamente vazias. "Será possível?", pensei eu.
Ai o metro de Londres...tudo o que se diz sobre esse fenómeno é verdade. Está, permanentemente, um vento forte e agressivo que parece que nos arrasta. Descem-se escadas rolantes intermináveis até chegarmos à plataforma que queremos e, assim que chegamos, automaticamente estamos com dores de cabeça por causa do ar pesado que insiste em não circular pelo "tubo". O metro em si é um verdadeiro tubo utilizado por milhões de pessoas que, literalmente, se espremem para dentro dele e fazem o seu caminho normal e diário até ao trabalho. Mas o metro de Londres é o exemplo perfeito da multiculturadidade que se vive nesta cidade. Encontramos lá pessoas de todas as nacionalidades possíveis e imaginárias e todas convivem e partilham, em harmonia, este tubo que as conduz de casa para o trabalho.
Umas lêem jornais gratuitos, outras lêem livros, outras deixam cair a cabeça para a frente e para trás por causa do sono e cansaço que insistem em atacar e outros, simplesmente, olham para tudo aquilo que se passa à sua volta...
Finalmente chego a St Paul's Cathedral, ao pé do teu trabalho.
Já trago o Lite e o The London Paper debaixo do braço depois de não conseguir evitar os distribuidores insistentes que enchem as ruas à hora de ponta.
Optamos por um chá, um latte e um bolo de chocolate que insisto em nem sequer provar de tão bom que parece ser...
A loja é de produtos orgânicos, é linda e fica ao pé da Catedral...Que fim de dia tão bom!
"Vou tirar uma foto desta mesa tão londrina e cheia de coisas características desta cidade onde acabamos de aterrar, o que achas?"
Tu sorriste...
Depois de trocarmos algumas impressões sobre o teu primeiro dia de trabalho, do chá, do latte e do bolo de chocolate que não partilhámos voltámos para casa mais confortáveis, cada um no seu "tubo" em direcções opostas.
"Mas onde é que eu pus o The London Paper?"