quarta-feira, 30 de abril de 2008
Amanhã os Londrinos vão às urnas...
terça-feira, 29 de abril de 2008
Aos meus leitores...
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Ser mãe em Londres...
Ser mãe é muito complicado sempre e em todo o lado mas em Londres diria que é um trabalho ainda mais duro.
Londres é uma cidade feita de imigrantes. Pessoas vindas de todo o mundo que se encontram em Londres mas que não estão totalmente acompanhados e vivem de uma forma bastante solitária. Não contam com a sua família nem com amigos que possam ficar com as crianças e acompanhar o seu dia-a-dia de mãe.
A consequência de tudo o que escrevi é que as mães em Londres andam com os seus filhos para todo o lado. Ah e com os carrinhos de bebé também!
Os carrinhos de bebé enormes nos supermercados, nos autocarros, nas lojas, por todo o lado. Estamos sempre a chocar com algum carrinho de bebé, sempre sem espaço nos autocarros porque há sempre uma criança on board que, inclusivamente, às vezes chora!!!
Imaginem um autocarro cheio de gente, depois de um dia de trabalho, mal nos podemos mexer e durante 15 minutos uma, ou várias crianças, choram!
Por causa desse fenómeno existem coisas em Londres que nunca vi em mais lado nenhum.
Outro dia passeava pelo parque, um parque lindíssimo chamado Hampstead Heat, e vi uma aula de aeróbica ao ar livre para mães com carrinhos de bebé. Então, as mães andavam a correr pelo parque atrás de uma professora com os seus carrinhos de bebé e respectivas crianças lá dentro...Só de me lembrar da situação sorrio!
Por vezes paravam e faziam exercícios com as crianças como "levantamento de pesos" e agachamentos.
Em Portugal estamos habituados a andar de carro para todo o lado e quem não o faz deixa os seus filhos com os avós ou amigos enquanto aproveitam o seu tempo livre.
Aqui as mães são autênticas mães canguru que nunca largam os seus filhos e aproveitam cada minuto para estarem com eles: o autocarro serve para ler livros aos filhos, para partilharem experiências com eles e para conviverem...
Enfim, este é o tipo de coisas que só se vê em Londres e que tinha de partilhar convosco.
domingo, 27 de abril de 2008
Uma verdadeira inspiração...
"Conheci" o Matt este fim-de-semana. Escrevo a palavra conheci entre aspas porque não o conheci pessoalmente.Estava no messenger com um grande amigo que me disse "enquanto falamos vê lá este vídeo para te inspirares...". Eu vi o vídeo e fiquei super intrigada. Primeiro achei que as imagens eram montagens e que o vídeo era engraçado mas apenas mais um daqueles vídeos que vemos todos os dias na internet. Depois de ver todo o vídeo decidi ir visitar o site do Matt para descobrir um pouco a vida dele e fiquei realmente surpreendida.
O Matt era um programador de jogos de vídeo americano que não gostava do que fazia e que gostava mesmo muito de viajar. Na sua rotina diária de trabalho o Matt costumava convidar os seus colegas de trabalho para beber um café com ele através desta dança peculiar, desajeitada mas muito engraçada. Todos brincavam com ele e de uma forma desprentensiosa criava-se um momento de distração vital para quem trabalha muitas horas em frente ao computador.
Uma vez o Matt foi ao Vietname e um dos seus colegas de trabalho desafiou-o a dançar a "sua" dança especial no meio da rua e filmar a sua actuação. O Matt assim o fez. No vietname e em todos os sítios que foi visitando enquanto turista. Quando chegava a algum sítio característico que queria documentar pedia a alguém para filmar e simplesmente dançava em frente à câmera de vídeo.
Depois de algumas viagens o Matt decidiu divulgar o vídeo em que aparecia a dançar em vários pontos diferentes do planeta no seu blog. Os visitantes do seu blog gostaram e divulgaram o vídeo do Matt nos seus blogues e assim começou a divulgação à escala planetária de uma dança que teve origem num escritório americano no seio de um grupo de programadores de jogos de vídeo...
Depois de todo este sucesso, uma empresa decidiu apoiar a dança do Matt e patrocinar-lhe uma viagem pelos locais que ele escolhesse sendo que a única contrapartida era fazer um vídeo igual ao primeiro mas noutros locais. Neste momento o Matt continua a dançar pelo mundo inteiro, com as viagens pagas através do patrocínio dessa empresa e a sua profissão é viajar!!!
Pelo que percebi de vez em quando ainda dá uma ajuda na programação de jogos de vídeo mas não é essa a sua prioridade...
O Matt para mim foi uma bela descoberta e uma verdadeira inspiração. A maioria das vezes as coisas mais simples e até mais idiotas podem ajudar-nos a realizar os nossos sonhos e normalmente estamos demasiado preocupados com o que os outros vão pensar para arriscar e fazer aquilo de que realmente gostamos.
O Matt sempre adorou viajar e era o elemento que divertia a sua equipa de trabalho com a dança pateta mas hoje em dia já conhece o mundo quase todo exactamente através dessa dança pateta!
Inspirem-se!
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Home sweet home
Muitas delas não são daquelas amizades de todos os dias mas são amizades que se mantêm e que fazem ainda mais sentido quando se está no estrangeiro.
Quando cheguei a Londres pensei que seria difícil adaptar-me ao ponto de me sentir em casa numa cidade tao grande, com tanta gente diferente e tão competitiva.
A minha prioridade foi encontrar casa e dediquei-me a isso de tal forma que encontrei uma casa fantástica onde me sinto em casa. Sinto esta casa como minha, sinto-me totalmente eu neste ambiente e não poderia ter ido viver para outro sítio, pelo menos não numa fase inicial.
O francês e a alemã são pessoas fabulosas, falamos imenso e começamos a ser um pouco mais do que simples colegas de casa. O ambiente em casa é muito familiar, começamos a conhecer-nos como pessoas e a descobrir que por mais diferentes que sejamos e que embora sejamos de países bastante diferente no fundo somos todos seres humanos com experiências de vida interessantes e histórias para contar.
Além do ambiente fantástico que tenho em casa tenho de fazer uma homenagem aos meus amigos tugas.
Aqueles que vieram comigo, os outros que já cá estavam e os que me vão visitando de vez em quando.
É muito bom estar no estrangeiro e receber sms, e-mails e telefonemas como se estivessemos no nosso país. Perceber que quem vem a Londres se lembra de mim e vem ter comigo com gosto. Que as amizades que criei ao longo destes anos se mantêm e que vão dando os seus frutos.
Londres é uma cidade maravilhosa, ainda mais maravilhosa se partilhada com amigos e pessoas que gostam de nós...
Posso dizer que me sinto em casa e esta viragem na minha vida foi a melhor coisa que me podia ter acontecido!
segunda-feira, 21 de abril de 2008
London A to Z
Este é o manual de sobrevivência de qualquer estrangeiro em Londres.
Aliás, mesmo os ingleses utilizam este livro pra se orientarem pela cidade de forma simples e eficaz.
Este livro é simplesmente o mapa de TODA a cidade, com todas as ruas, ruelas, becos e avenidas principais da cidade.
Quem andou à procura de casa e ainda anda à procura de trabalho como eu precisa deste guia como de água para viver :).
Além disso, este livro tem um grande teor simbólico. Normalmente passa de mão em mão e é entregue aos recém-chegados pela mão de alguém que já cá está e conhece minimamente a cidade.
Todas as casas partilhadas em Londres têm um ou vários exemplares desta bíblia por isso este pequeno livro tornou-se um dos icones da cidade.
Não recebi o meu das mãos de ninguém porque tive de o comprar mas quem sabe, um dia, não o entregarei a alguém que esteja a começar a sua aventura em Londres?
Liberdade ou Ditadura
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Meet my house
Hoje apareceu o sol...
terça-feira, 8 de abril de 2008
Londres, a cidade das entrevistas
sábado, 5 de abril de 2008
The english fever for PUBs!
sexta-feira, 4 de abril de 2008
London Life
Recebi esta mensagem e fui ter contigo porque é realmente frustrante sair do trabalho e fazer o mesmo caminho de sempre em direcção a casa quase que de forma abrupta, quase sem respirar.
Apanhei o metro, completamente cheio de gente, tão cheio que as portas onde se validam os bilhetes e passes estavam bloqueadas porque não podia entrar mais ninguem até as plataformas estarem completamente vazias. "Será possível?", pensei eu.
Ai o metro de Londres...tudo o que se diz sobre esse fenómeno é verdade. Está, permanentemente, um vento forte e agressivo que parece que nos arrasta. Descem-se escadas rolantes intermináveis até chegarmos à plataforma que queremos e, assim que chegamos, automaticamente estamos com dores de cabeça por causa do ar pesado que insiste em não circular pelo "tubo". O metro em si é um verdadeiro tubo utilizado por milhões de pessoas que, literalmente, se espremem para dentro dele e fazem o seu caminho normal e diário até ao trabalho. Mas o metro de Londres é o exemplo perfeito da multiculturadidade que se vive nesta cidade. Encontramos lá pessoas de todas as nacionalidades possíveis e imaginárias e todas convivem e partilham, em harmonia, este tubo que as conduz de casa para o trabalho.
Umas lêem jornais gratuitos, outras lêem livros, outras deixam cair a cabeça para a frente e para trás por causa do sono e cansaço que insistem em atacar e outros, simplesmente, olham para tudo aquilo que se passa à sua volta...
Finalmente chego a St Paul's Cathedral, ao pé do teu trabalho.
Já trago o Lite e o The London Paper debaixo do braço depois de não conseguir evitar os distribuidores insistentes que enchem as ruas à hora de ponta.
Optamos por um chá, um latte e um bolo de chocolate que insisto em nem sequer provar de tão bom que parece ser...
A loja é de produtos orgânicos, é linda e fica ao pé da Catedral...Que fim de dia tão bom!
"Vou tirar uma foto desta mesa tão londrina e cheia de coisas características desta cidade onde acabamos de aterrar, o que achas?"
Tu sorriste...
Depois de trocarmos algumas impressões sobre o teu primeiro dia de trabalho, do chá, do latte e do bolo de chocolate que não partilhámos voltámos para casa mais confortáveis, cada um no seu "tubo" em direcções opostas.
"Mas onde é que eu pus o The London Paper?"